VISÃO

By on 17 de outubro de 2012

O assunto nas rodas da cidade esta semana foi a matéria publicada no jornal O Globo sobre Florianópolis, a Beverly Hills Catarinense. Citada na reportagem, e mal interpretada por alguns, Andrea Druck envia e-mail expondo – em detalhes – sua opinião sobre o assunto.

“Querido Léo,
Fiquei positivamente impressionada com a leitura que fizeste das declarações atribuídas à mim no jornal O Globo, pois confesso,  fiquei frustrada com a síntese feita pelo jornalista das 2hs de entrevista que concedi. Mas é um direito dele o qual não contestarei jamais. Só me resta lamentar e aproveitar a oportunidade que me dás de dizer e assinar embaixo do que eu de fato disse.
Nossa conversa girou em torno de duas principais perguntas feitas por ele:1) que razões eu atribuía à “invasão de ricos” – termos dele – em Florianópolis, principalmente em Jurerê Internacional e 2) o que eu achava do receio de parte da sociedade florianopolitana/nativa de ser excluída por esta “invasão”.
Um rápido resumo do que eu disse seria o seguinte: atribuo a atratividade exercida por Florianópolis a tres fatores:
1)      A população brasileira vem enriquecendo significativamente nos últimos anos.  O numero de pessoas com poder aquisitivo, e o volume deste poder aquisitivo aumentaram. Querer e poder ser rico é uma realidade que se amplia e entusiasma novas gerações que cada vez mais se propõem a ser a mudança que querem ver no mundo. Na semana em que concedi a entrevista uma pesquisa assinalou Eike Batista como ídolo da juventude e analisou o fato como uma importante mudança da mentalidade brasileira.
2)      Mudou também o perfil do trabalho e do mercado que, atualmente – ao contrário de 20 ou 30 anos atrás – permitem o exercício da ambição e crescimento profissional concomitante ao usufruto da vida pessoal. Até poucos anos atrás era impensável morar na beira da praia e trabalhar no centro desta ou de outras cidades brasileiras. Carros, estradas, aviões, internet permitem que isto ocorra e, até mesmo, trabalhar na beira da praia. O que era antes um projeto pós-aposentadoria é hoje uma possibilidade e uma opção de estilo e conceito de vida. O conceito de prosperidade define melhor o que as pessoas hoje almejam do que o de riqueza. As  novas gerações, descobriram que a felicidade não é para ser buscada, é para ser trazida para cada ato de cada dia. O crescimento do mercado do entretenimento é um dos demonstrativos da vocação cada vez maior para produzir e usufruir felicidade .Hoje, agora.
3)      Jurerê Internacional oferece natureza e urbanidade. Indice de preservação bastante maior do que o Plano Diretor da Cidade exige, infra estrutura que protege e valoriza o meio ambiente ( Sistema de agua e esgoto com ISSO 9000 e 14000, e o primeiro lugar do Brasil a ter esgoto à vácuo), gestão compartilhada e responsável de seus espaços públicos e segurança, liderada pela Associação de Moradores, urbanismo orgânico e planejado em longuíssimo prazo, serviços e comércio que crescem e qualificam harmonizando as demandas turísticas e residenciais. Ser residencial e ser turístico é um atribuidor reciproco de qualidade de vida no qual trabalhamos diuturnamente. E Jurerê Internacional  é, está, em Florianopolis e suas  42 praias entre as mais belas do mundo.
 
Sobre o receio de exclusão de uma parte da sociedade florianopolitana por esta “invasão”, acredito que o sentimento exista mas acho maléfico para a cidade a forma como ele é incentivado por alguns, cuja intenção não me cabe discutir ou duvidar, mas que termina por reforçar um improdutivo e   paralisante antagonismo que objetivamente  desprotege à quem pretende proteger.  Por isto, vou aproveitar para elogiar o título dado pelo DC à matéria que repercutiu a publicação de O Globo: Holofotes sobre uma cidade especial, sintetizando de forma positiva e propositiva o teor geral e controverso da matéria.  Floripa é uma cidade especial e é por isto que as pessoas que produzem e distribuem riqueza estão vindo para cá. Não concordo em tratar  este movimento   como um problema ao invés de trata-lo como cenário e fator  propulsor de solução para a pobreza e plena prosperidade social e cultural. Acho sim que a pobreza é um problema que o Brasil precisa encarar de frente e nas suas verdadeiras raízes.  Florianópolis tem um futuro promissor e potencialmente exemplar para o resto do Brasil, exatamente pelas características nativas que tem, se orgânica e planejadamente unidas ao  dinheiro que as quer.
Muito resumidamente foi isto que eu disse. Obrigada por ter entendido, apesar da redação  e enquadramento dados na matéria original. Sem críticas ao jornalista; ele entendeu o que entendeu. E publicou o que considerou que devia publicar. O que importa são os holofotes que colocaremos sobre nós mesmos, sobre a nossa cidade. E ele deu uma contribuição importante para isto.
Beijo!”

Andrea Druck

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One Comment

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    16 de dezembro de 2012 at 15:39

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